O álcool é consumido praticamente em todos os países do mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre os 194 países avaliados, o consumo médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros por ano. No Brasil, o número sobe para 8,7 litros, superando a média internacional de consumo de álcool.
Diversas pesquisas já apontaram que o consumo de bebida alcoólica em excesso é um dos principais fatores para o desencadeamento de doenças como o câncer.
Ameaça à vida
A OMS considera que o uso excessivo do álcool pode se tornar uma ameaça à vida. Um total de 3,3 milhões de pessoas morrem todos os anos pelas consequências da bebida, isso representa 5,9% de todas as mortes no mundo. No grupo das pessoas entre 20 e 39 anos, 25% das mortes têm uma relação direta com o álcool.
Recentemente, um estudo da Universidade de Cambridge, tradicional instituição do Reino Unido, mostrou como o álcool aumenta a probabilidade de um dano genético permanente no DNA. O grande perigo disso é que as células-tronco “danificadas” se multipliquem e alastrem para diversos tecidos do corpo com mais facilidade, promovendo o surgimento de tumores.
Além disso, o álcool é responsável pela maior parte das internações por abuso de substâncias. Mas, será que apenas as internações bastam para tentar recuperar um viciado? Se o álcool e as consequências do vício nesta substância vêm matando milhões de pessoas pelo mundo todo ano, como encontrar a cura para esse mal?
Assista ao depoimento do advogado e professor universitário Gustavo que buscou ajuda no Tratamento para a Cura dos Vícios e saiba o que aconteceu na vida dele:
A
ausência e a solidão são desconfortáveis. Lidar com a dor da perda não é
uma tarefa fácil. Afinal, não ter mais por perto aquela pessoa querida
traz uma sensação de impotência e insegurança. Você já passou por isso?
Aline
Viana da Silva Teixeira (foto ao lado), de 36 anos, autônoma, não
conseguia entender a morte do marido. Ao receber a notícia da perda, ela
passou muito tempo questionando os motivos. “Por que, Deus? Por que o
Hélio, que sempre foi um homem fiel a Ti e à nossa família?”
O
marido de Aline estava bem e, repentinamente, passou a sentir dores no
corpo e a ter alterações na pressão arterial. “Lembro que, em junho de
2014, ele reclamou desses incômodos. Ele estava muito inchado. Foi
quando começou nossa peregrinação por hospitais e ninguém descobria o
que o Hélio tinha. Os meses passaram e ele emagreceu muito. Em novembro
daquele mesmo ano, ele foi internado. No dia 22 de dezembro, 40 dias
depois, veio a óbito”, lembra Aline.
Aos 34 anos e com um filho
de 8, Aline enfrentou um processo intenso de luto. “Foi muito difícil,
porque eu tinha certeza de que ia envelhecer ao lado dele. Meu filho,
Hudson, era extremamente apegado ao pai e ficou muito revoltado após a
morte dele. Então, durante quase um ano, fiquei muito abalada. Chorava
muito, emagreci quase 10 quilos, mas, depois desse tempo, decidi que
precisava seguir a vida. Pedi perdão a Deus e hoje me dedico a dar o
melhor ao meu filho”, diz.
Esse período de recuperação emocional
que Aline cita, de quase um ano, é o tempo de duração do luto, segundo
os especialistas. “Apesar de ser um processo vivido por cada pessoa de
forma particular e única, normalmente, a fase de dor mais intensa dura
entre seis meses e um ano. Tempo necessário para que seja possível
elaborar emocionalmente a perda. A superação vai depender muito da fé e
dos suportes internos e externos dos quais a pessoa dispõe”, explica a
psiquiatra Célia Mendes.
“A fé foi a minha principal arma para
vencer aquela dor intensa. Pedi forças a Deus para continuar, para
conseguir criar meu filho com amor, para que ele não se tornasse um
adulto frustrado. Hoje ele está bem e é um exemplo de menino. Lembramos
do Hélio com carinho e saudade. Ele deixou um grande legado em nossos
corações”, finaliza Aline.
Quando o luto vira doença
Quando, por algum motivo, a pessoa não consegue superar a perda muitos problemas podem surgir.
“Se
esse luto não for trabalhado, o processo se estende mais do que o
período comum, porque a pessoa não sabe para onde ir e de que forma
seguir a vida. Muitas chegam a desenvolver problemas crônicos de saúde
mental e física, por exemplo”, esclarece a psicóloga Elisabeth Maria de
Souza Lopes, pós-graduada em saúde nental e gestão de pessoas com
capacitações em processos de crises e luto.
Ver o filho de apenas
três meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi algo muito
doloroso para a empresária Priscila de Meira Lima Coruzzi (foto acima),
de 38 anos. “Eu tive um bebê normal, ele nasceu sadio, gordinho, lindo.
Mas, quando deixamos o hospital, notei que ele cansava muito ao mamar.
Levei à pediatra e ela disse que era uma gripe. Decidi marcar outro
especialista. Nesse meio tempo, ele desmaiou. Fomos correndo ao hospital
e ele entrou em coma”, recorda.
Exames foram realizados e ele
foi diagnosticado com uma arritmia cardíaca. Três dias depois, o bebê
não resistiu. “Quando vi que meu bebê valente tinha ido, meu mundo
acabou. Em um dia ele estava nos meus braços; no outro dentro daquele
caixão. Minha família perguntava: ‘onde está o seu Deus?’. Eu chorava
muito, não achava justo nem natural um pai perder um filho. Foram muitas
noites em claro e escutava o choro dele nas madrugadas. Me isolei do
meu marido e de todos. Passei a tomar remédio, mas nada, nada, tirava
aquela dor de mim”, descreve Priscila.
O marido lutou por ela e a
incentivou a ir à Universal em busca de ajuda. “Eu já era da Igreja e
foi Deus que me trouxe o conforto de que precisava. Recebi muitas
orientações, ingressei no grupo de mulheres, o Godllywood, também no
grupo de Evangelização e passei a cuidar de crianças na Escola Bíblica
Infantojuvenil (EBI). Transformei minha dor em fonte de ajuda para quem
precisa. Busquei Deus com toda força e procurei salvar quem precisava da
minha ajuda, pois meu filho já estava nos braços dEle. Se não fosse
isso, teria enlouquecido”, diz Priscila, que hoje é mãe de dois filhos.
“Depois disso, eu nunca mais tive um filho do meu ventre, fiquei
estéril. Os dois filhos que tenho são do meu coração, presentes para a
minha vida”, diz.
Na fase em que Priscila estava mal, seu marido
tentou ajudá-la convidando-a para uma viagem, mas aquela experiência foi
péssima para ela. “Meu peito doía muito, não queria ver ninguém nem que
ninguém viesse falar comigo. Queria chorar para ver se o sofrimento
passava. Uma semana depois, meu esposo sugeriu uma viagem. Foi a pior
coisa da minha vida, porque ninguém conseguia entender a dor que estava
dentro de mim”, conta.
Rede de apoio
Como ajudar uma
pessoa querida que está vivendo o luto? O que fazer? “O respeito é o
primeiro passo para ajudá-la. Se você perguntar como a pessoa está, você
tem que ter a capacidade de ouvi-la. E, muitas vezes, não estamos
preparados para ouvir o outro. Mas se você perguntar, ouça com atenção”,
aconselha a especialista Elizabeth.
Fique perto, ajude, esteja
lá caso a pessoa precise, mas não a sufoque. “Não tente forçar a pessoa a
sair de casa nos primeiros dias e semanas. Deixe-a chorar e preste
atenção se ela está adoecendo ou tendo comportamentos que anteriormente
não tinha. Caso isso aconteça, busque ajuda”, completa.
É possível se preparar? “Eu
sabia que não estava sozinho. A minha família, a minha esposa e os meus
filhos foram fundamentais nesse período, mas a certeza da vida eterna
sempre me trouxe a força necessária para lidar com a morte.”
Foi com essas palavras que Leandro Moreira (foto acima), de 35 anos, vendedor, descreveu como superou a perda dos pais.
“Meu
pai estava aparentemente bem, joguei bola com ele duas semanas antes
dele falecer subitamente. Três anos depois, minha mãe entrou em
depressão por conta da doença que tinha – ela estava muito debilitada
depois de seis infartos e um acidente vascular cerebral (AVC). Um sábado
à tarde, em minha casa, ela me disse que não aguentava mais e queria
morrer. Aquela foi a última conversa que tivemos. No sábado seguinte ela
partiu”, detalha.
Ele diz que não foi fácil, mas a certeza da
salvação faz com que ele veja a vida apenas como uma passagem. “A única
forma de superar esse momento é crendo na Palavra de Deus. A morte não é
uma perda e sim um até logo, mas essa compreensão só vem com o
conhecimento e a prática da Palavra. Não existe outro caminho, Jesus é o
caminho”, observa.
Transforme a dor
Há
pessoas que reagem à perda transparecendo força, mas por dentro ficam
destruídas. Por isso, é importante respeitar o luto natural, ou seja, o
processo de recuperação após uma perda significativa.
E, sem
dúvida, a aceitação se torna muito mais fácil quando se tem fé. É o que
explica o bispo Adilson Silva (foto ao lado). “As pessoas que vivem a fé
enxergam a morte de forma diferente das que não vivem. A fé nos faz
crer na fidelidade de Deus e nos sustenta nesse momento difícil.
Infelizmente, muitos, por não terem uma estrutura espiritual, quando
passam por isso, não conseguem se levantar e ficam mergulhados na
depressão. É como se eles também tivessem morrido. Passam a viver como
‘vivos-mortos’”, revela o bispo Adilson.
O bispo Francisco
Decothé (foto abaixo) orienta o exercício da fé. “Muitos acham que o
tempo é o melhor remédio, mas não é isso que temos visto, principalmente
quando a pessoa que se foi é considerada tudo na vida de quem ficou. Só
a fé no Senhor Jesus pode curar essa ferida.”
Na
Bíblia, várias passagens mostram que as pessoas respeitavam o período
de luto vivido por alguém. “Podemos citar o momento em que o patriarca
da fé, Abraão, ficou de luto por Sara quando ela faleceu: ‘E foi a vida
de Sara cento e vinte e sete anos; estes foram os anos da vida de Sara. E
morreu Sara em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; e veio
Abraão lamentar Sara e chorar por ela’. (Gênesis 23:1-2). Ou seja, mesmo
Abraão sendo um homem de fé, teve o período de luto por sua esposa”,
esclarece o bispo Adilson.
Então, já sabendo que a vida terrena
tem um começo, meio e fim, o melhor a fazer é buscar entender o
propósito do Criador para os seres humanos. “Se você perdeu alguém e
está com dificuldades para superar, busque a Deus. Ele é o único capaz
de curar a alma. O Espírito Santo é chamado de Consolador. Ou seja, Ele
compensa qualquer falta. Busque-O de todo o coração e Ele irá preencher o
seu vazio”, finaliza o bispo Adilson.
O bispo Francisco Decothé
completa: “todos nós iremos passar por momentos difíceis, isso é
inevitável. Quando se trata da morte, é a pior de todas as dores
terrenas. Pior do que a morte terrena, entretanto, é a morte espiritual e
dessa sim podemos nos livrar. Se não há como se livrar da morte física,
há como se livrar da morte eterna. Temos à nossa escolha a
responsabilidade de assumir o Senhor Jesus como único Senhor e Salvador
da nossa vida, para que Ele assuma o controle total de nossa vida. Aja
assim, a partir de hoje, e a seguinte promessa vai se cumprir em sua
vida: ‘Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim,
ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá,
eternamente’. (João 11:25-26)”.
Somente uma fé sobrenatural pode libertar uma pessoa do mal: Diz o Bispo Geraldo Vilhena.